Uma “hipótese comunista”, conceito formulado pelo filósofo, dramaturgo e militante francês Alain Badiou, inspirou uma obra homônima sobre a revitalização do comunismo e um novo programa para a esquerda, lançado agora pela Boitempo. Desde 2008, quando foi exposto pela primeira vez no artigo da New Left Review, o termo vem sendo adotado e discutido por uma ampla gama de pensadores, como Slavoj Žižek, Jacques Rancière, Michael Hardt, Antonio Negri e Terry Eagleton. Considerado um dos principais filosofos do nosso século, Badiou parte da reflexão sobre a noção de confronto do comunismo - enunciado negativo amplamente disseminado pela “nova filosofia” ocidental a partir da década de 1970 - para defender a sua retomada. Badiou vê o fracasso como uma trajetória e não como o fim de uma experiência histórica. Sua convicção se esclareceu com uma comparação científica: o “Teorema de Fermat” foi por três séculos um problema matemático não resolvido, que assumiu uma forma de uma hipótese. Havia muitas tentativas de justificação, longo alcance, que não foram solucionadas ou o problema em si. “Mas foi fundamental que a hipótese não tenha sido abandonada durante os três séculos em que foi impossível demonstrar. Uma fecundidade desses fracassos, de sua análise, de suas consequências, estimula a vida matemática. Nesse sentido, ou fracasso, desde que não provoque ou abandone a hipótese, é apenas uma história de justificação dessa hipótese ”, afirma no prefácio.



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FICHA TÉCNICA

Título Original: L’hypothèse communiste

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Ano de Edição: 2009

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Avaliação interna (1 a 5): 2

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A "hipótese comunista", conceito formulado pelo filósofo, dramaturgo e militante francês Alain Badiou, inspira uma obra homônima sobre a revitalização do comunismo e um novo programa para a esquerda, lançada agora pela Boitempo. Desde 2008, quando foi exposto pela primeira vez em um artigo da New Left Review, o termo vem sendo adotado e discutido por uma ampla gama de pensadores, como Slavoj Žižek, Jacques Rancière, Michael Hardt, Antonio Negri e Terry Eagleton. Neste volume, além de um artigo sobre Maio de 1968 e outro sobre as lições da Comuna de Paris, o leitor encontrará o pensamento de Badiou sobre a Revolução Cultural Chinesa e sobre seu mestre na política, Mao Tsé-Tung. Analisando detalhadamente esses três momentos, o autor sustenta que os aparentes fracassos de acontecimentos profundamente ligados à hipótese comunista foram e ainda são etapas de sua história. Defende o retorno da palavra "comunismo" e, com ela, da hipótese geral que envolve seus processos políticos efetivos. A posição da palavra, no entanto, não pode mais ser a de adjetivo, como em "partido comunista" ou "regimes comunistas". Segundo o filósofo, a forma partido, assim como a de Estado socialista, é inadequada para garantir a sustentação real da Ideia. Novas formas políticas, que se referem a uma política sem partido, foram e ainda são experimentadas. Além de seus dois iniciadores (Alain Badiou e Slavoj Žižek), participaram dessa conferência grandes nomes da filosofia contemporânea, entre o quais Judith Balso, Bruno Bosteels, Terry Eagleton, Peter Hallward, Michael Hardt, Toni Negri, Jacques Rancière, Alessandro Russo, Alberto Toscano e Gianni Vattimo.

 

Ano de Edição
2000 - 2009
Gênero
Não Ficção
País do Autor
França
Língua
Português
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