'Straw Dogs' é um trabalho radical de filosofia que desafia nossas suposições mais queridas sobre o que significa ser humano. John Gray explora como o mundo e a vida humana se parecem depois que o humanismo foi finalmente abandonado.
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Ano de Edição: 1992
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“Céu e terra não têm atributos e não estabelecem diferenças: tratam miríades de criaturas como cachorros de palha” (Lao-tsé, Tao Te Ching)
Provavelmente um dos mais importantes e polêmicos livro deste século, “Cachorros de Palha” é algo raro: um trabalho de filosofia contemporânea, isento de jargão, totalmente acessível e profundamente relevante para o mundo em que vivemos. Celebrado pela intelligentsia britânica, John Gray desafia os conceitos do antropocentrismo, do que significa ser humano, e sugere novas formas de pensar e sentir.
De Platão ao Cristianismo, do Iluminismo a Nietzsche e Marx, a tradição ocidental se baseia em arrogantes e equivocadas noções sobre o homem e seu lugar no mundo. Filosofias como o liberalismo e marxismo enxergam a humanidade como a espécie destinada a transcender seus limites naturais e conquistar a Terra. Gray argumenta que essa crença humanista na diferença e superioridade do homem é apenas ilusória e explora como o mundo e a nossa vida seriam assim que tais pensamentos fossem descartados. “Fora da ciência, o progresso não passa de um mito”, adverte o autor.
Após apontar falhas e perigos da globalização no livro “Falso amanhecer”, Gray desconstrói em “Cachorros de Palha” qualquer senso de falsa esperança, crença no progresso ou na salvação mística ou religiosa. “Não acredito em crenças. Melhor não ter nenhuma, se puder administrar isto”, diz. Um livro estimulante, algumas vezes perturbador, que leva o leitor a questionar suas mais profundas filosofias.