Folhas Caídas é uma colectânea de poesias escritas por Almeida Garrett e publicada na fase final da sua vida, em Abril de 1853, um ano antes de morrer, em 9 de dezembro de 1854. Segundo diversos estudiosos, Garrett escreve a obra como forma de demonstrar seu amor a Rosa Montufar (a viscondessa da Luz).
Título Original: Folhas Caídas
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Ano de Edição: 1853
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Avaliação interna (1 a 5): 3
Inf. Web: https://pt.wikipedia.org/wiki/Folhas_Ca%C3%ADdas
Nas Folhas Caídas, o seu último livro de versos e aquele em que a vida e a poesia estão intimamente ligadas, a ponto de escandalizar e simultaneamente apaixonar os leitores da época, Garrett liberta-se completamente da formação arcádica e compõe uma obra inovadora e moderna, tanto pelo conceito de amor que nela canta ( uma devastadora paixão sensual), como pela métrica, inspirada na poesia popular, com predomínio da redondilha maior e menor, e o emprego de novos recursos estilísticos, por exemplo a sinestesia, em que precedeu os Simbolistas; mas, sobretudo, pelo tom directo, emotivo, coloquial.
A poesia das Folhas Caídas não é verdadeiramente lírica, mas dramática, pois nela se exprime um drama amoroso, e os desabafos do poeta são dirigidos a uma personagem, a mulher amada, cuja presença está sempre implícita e tem de subentender-se, para que se possa compreender a técnica do “monólogo dialogado”, que caracteriza a grande maioria dos poemas desta obra. A técnica dramática evidencia-se ainda nos processos adoptados pelo autor ( antíteses, monólogos, diálogos subentendidos, apóstrofes, interrogações, invocações), no nível de língua ( linguagem oral e familiar) e no emprego dos verbos no Presente do Indicativo.