A humanidade vive o seu momento mais próspero. Há mais de dez mil anos um império reina absoluto sobre todos os mundos habitados. Ninguém acredita que esse tempo luminoso possa ter fim. Ninguém, exceto Hari Seldon, o criador de uma ciência revolucionária capaz de prever o futuro da raça humana. Seldon antevê a chegada de uma era de trevas jamais vista. E inevitável. Ele só pode minimizar os estragos e garantir que o homem se reerga o mais rápido possível. Para isso, tem um plano, que deverá ser executado, através dos séculos, pelos membros da Fundação.
Título Original: Foundation
OutrosTítulos:
Ano de Edição: 1951
Etiqueta(s): BEST-SELLER
Colecção: Série da Fundação - Volume 1
Série(s): Trilogia da Fundação
Vendas: 7 milhões de exemplares.
Avaliação interna (1 a 5): 4
Inf. Web: https://pt.wikipedia.org/wiki/Foundation
A Fundação é o primeiro livro da Trilogia Fundação de Isaac Asimov (mais tarde expandida na Série Fundação). A Fundação é uma coleção de cinco contos, que foram publicados pela primeira vez juntos em formato de livro pela editora Gnome Press em 1951. Juntos, eles formam um único enredo.
Resumo do enredo
A Fundação conta a história de um grupo de cientistas que procuram preservar conhecimentos conforme a civilização ao seu redor começa a regredir.
Os Psicohistoriadores
(0 D.F. ou zero anos depois da Fundação)
O primeiro conto se passa em Trantor, um planeta habitado por 12 000 anos e capital do Império Galáctico. Enquanto o Império mantém as aparências de estabilidade, sob esta fachada ele sofre uma lenta decadência. A personagem principal, Hari Seldon, um matemático, desenvolveu a psico-história, a qual equivale todas as possibilidades em grandes sociedades à matemática, assim permitindo a predição de resultados de longo prazo.
Seldon descobre a horripilante verdade da decadência do Império, mas seus resultados são considerados atos de traição e atraem a atenção da Comissão de Segurança Pública — os verdadeiros líderes do Império. Isto leva à sua prisão. Um jovem matemático Gaal Dornick, recém-chegado a Trantor, também é preso. Em julgamento, Hari compartilha as descobertas feitas através da psico-história, tais como o colapso do Império dentro de 300 anos, seguido de um período de 30 000 anos de barbarismo.
Hari propõe uma alternativa a este futuro; uma que não preveniria o colapso mas encurtaria o período de interregno para meros 1000 anos. Mas este plano requeriria um grande grupo de pessoas para desenvolver um compêndio de todo o conhecimento humano, intitulado como Enciclopédia Galáctica.
A Comissão, que ainda estava cética e preocupada de tornar Seldon em um mártir, oferecem-lhe a escolha de execução por traição ou a aceitação de exílio com o seu grupo de 'Enciclopedistas' para o remoto planeta Terminus. Lá, eles levarão a cabo o Plano Seldon sob um decreto imperial, enquanto Hari permaneceria barrado de retornar a Trantor.
Os Enciclopedistas
(50 D.F.) (publicado em maio de 1942 como "Foundation")
O segundo conto, "Os Enciclopedistas", dá-se 50 anos após os eventos de "Os Psicohistoriadores". Terminus enfrenta a primeira de muitas "Crises Seldon" (crises integrantes do Plano Seldon). Sem posse de recursos minerais próprios, eles se tornam isolados dos suprimentos do exterior, como resultado de um planeta vizinho haver se rebelado contra o Império e declarado independência.
Terminus é pego no meio de uma intriga entre quatro sistemas planetários que se haviam degenerado a um estágio bárbaro e acham que a posição de Terminus lhes daria vantagens estratégicas. A Mesa Diretora da 'Fundação da Enciclopédia Galáctica', composta de cientistas sem treino político ou militar, encontra-se incapaz de lidar com a situação já que eles estão distraídos pela tarefa de completar a Enciclopédia. Mas o Prefeito da Cidade de Terminus, Salvor Hardin, percebe a ameaça e rapidamente encontra a solução: manipular os Quatro Reinos uns contra os outros.
O plano de Hardin tem sucesso e então a imagem de Seldon aparece na "Gruta do Tempo" (uma sala de projeção holográfica, onde mensagens gravadas há muitos anos são exibidas em momentos predeterminadas), onde ele reconhece que a Crise Seldon foi resolvida. Seldon deixa claro que a escolha feita foi aquela que se havia planejado e que a Enciclopédia foi apenas uma distração para dar avanço ao Plano.
Hardin usa esta revelação para engenhar um golpe sem derramamento de sangue, tomando o poder da Mesa Diretora e o colocando nas próprias mãos.
Os Prefeitos
(80 D.F.) (publicado em junho de 1942 como "Bridle and Saddle")
O terceiro conto; "Os Prefeitos", ocorre três décadas após "Os Enciclopedistas". A compreensão científica da Fundação lhes deu uma vantagem estratégica sem igual sobre os planetas vizinhos, e uma religião artificial denominada Cientismo se desenvolve. Isto permite que dispositivos científicos sejam compartilhados com outros planetas, ao mesmo tempo que a ciência por trás deles se mantém em segredo. Técnicos de manutenção dos planetas estrangeiros, conhecidos como sacerdotes, são treinados em Terminus e recebem conhecimentos suficientes para a operação básica de equipamentos, mas continuam mantidos em ignorância da verdadeira ciência. Este processo permite à Fundação manter a posição estratégica privilegiada que deriva da sua ciência.
Salvor Hardin continua em seu cargo de Prefeito de Terminus como líder ativo da Fundação. O Príncipe Regente Wienis do planeta Anacreon planeja derrubar o poder da Fundação, e ele se encoraja ao obter um cruzador-espacial abandonado pelo Império. Porém, Anacreon não tem posse das técnicas necessárias à reforma do cruzador, e Wienis chantegeia a Fundação para que ela repare o navio de guerra.
Hardin prevê os planos de Wienis e arranja para que o navio seja reformado "com algumas mudanças". Hardin então transmite as intenções de Wienis ao povo de Anacreon sob a alegação de blasfêmia, causando uma revolta que resulta na queda dos Quatro Reinos, cujos planetas passam às mãos da Fundação.
Hari Seldon confirma essas ações ao aparecer na Gruta do Tempo, aproveitando para avisar que o uso do Cientismo não é mais necessário.
Os Comerciantes
(cerca de 155 D.F.) (publicado em outubro de 1944 como "The Wedge")
O quarto conto; "Os Comerciantes" ocorre 55 anos após "Os Prefeitos". O conto descreve as aventuras de Limmar Ponyets, um comerciante que é enviado para resgatar Eskel Gorov que está preso no planeta Askone. Askone recusou o comércio com a Fundação em temor ao controle exercido através do Cientismo. Eskel Gorov está à espera de execução por violação das leis de comércio de Askone ao tentar vender produtos da Fundação.
Os líderes de Askone não podem ser movidos a adquirir qualquer equipamento da Fundação, mas quando se lhes oferece ouro em troca do prisioneiro, eles aceitam com alegria. Quando Ponyets oferece o ouro, ele também convence Pherl—um membro ambicioso do governo de Askone—a aceitar um dispositivo que pode transmutar ferro em ouro. Sem que Pherl soubesse, sua compra de tecnologia da Fundação foi gravada. Ponyets chantageia Pherl com a gravação, obrigando-o a adquirir quinquilharias da Fundação em troca de estanho, um mineral em demanda em Terminus.
Dessa forma, Pherl é forçado a usar suas ligações políticas e sociais para popularizar e legalizar a tecnologia da Fundação em Askone, e assim evitar que ele mesmo seja executado.
Os Príncipes Mercantis
(cerca de 175 D.F.) (publicado em agosto de 1944 como "The Big and the Little")
O quinto conto; "Os Príncipes Mercantis" ocorre só vinte anos após "Os Comerciantes".
A Fundação se expandiu por meio do Cientismo e da economia. Três naves da Fundação sumiram perto da República de Korell, uma nação suspeita de desenvolvimento tecnológico. O comerciante Hober Mallow é enviado para verificar o nível técnico deles e com sorte achar as naves desaparecidas. Em sua estada em Korell, Mallow convence o líder korelliano Comodoro Asper Argo a comprar equipamentos da Fundação. Mallow também descobre que Korell ainda mantém algumas relíquias do Império tais como pistolas atômicas. Mas ele também nota a condição decrépita da República e a ausência de tecnologia moderna.
Em retorno a Terminus, ele é considerado um traidor por ter vendido máquinas a Korell sem haver juntamente disseminado o Cientismo, embora, por uma revolução das circunstâncias, Mallow consiga se livrar da acusação e vencer a eleição para prefeito.
Quando Korell entra em guerra contra a Fundação, Mallow não levanta nenhuma resistência contra os korellianos. Ao invés disso, bastou que ele esperasse até que o povo de Korell, privado do produtos vendidos pela Fundação, decidisse que a guerra não valia mais a pena e depusesse seus líderes.