Há um livro, e, enfim, dois túmulos. Já não passa, afinal, de uma lenda a bonita história daqueles dois jovens, que morreram, julgaremos nós, ingloriamente. Mas, agora, a história é outra: já não a de Paulo e Virgínia, sim a de Georges e Sara. E esta não terá os mesmos cambiantes: beleza, romantismo, pureza, pudor. Não que tenha outros, em substituição. O palco esse lá está, a Ilha de França. Mas, é facto, esta não é propriamente uma história de amor; é mais uma história de luta, de guerra. Só que, pelo meio, há um amor que desabrocha, que se fortalece, que se expande para além da luta, das lutas, a mais próxima, que quer ser obstáculo a tal amor, a mais afastada, e até mais terrível, já que, há uma vida em jogo. Conseguirá Georges vencer a sua luta? Conseguirá salvar-se, para a sua Sara?
Título Original: Georges, Le Capitaine
OutrosTítulos:
Ano de Edição: 1854
Etiqueta(s):
Colecção:
Série(s):
Avaliação interna (1 a 5): 3
Inf. Web:
Há um livro, e, enfim, dois túmulos. Já não passa, afinal, de uma lenda a bonita história daqueles dois jovens, que morreram, julgaremos nós, ingloriamente. Mas, agora, a história é outra: já não a de Paulo e Virgínia, sim a de Georges e Sara. E esta não terá os mesmos cambiantes: beleza, romantismo, pureza, pudor. Não que tenha outros, em substituição. O palco esse lá está, a Ilha de França. Mas, é facto, esta não é propriamente uma história de amor; é mais uma história de luta, de guerra. Só que, pelo meio, há um amor que desabrocha, que se fortalece, que se expande para além da luta, das lutas, a mais próxima, que quer ser obstáculo a tal amor, a mais afastada, e até mais terrível, já que, há uma vida em jogo. Conseguirá Georges vencer a sua luta? Conseguirá salvar-se, para a sua Sara? I - A ILHA DE FRANÇA Não vos tem algumas vezes sucedido, durante uma dessas longas, tristes e frias noites de Inverno, ouvindo o vento assobiar pelos corredores e a chuva a bater nas janelas, inspirar-vos desgosto o clima sombrio da cidade de Paris, húmida e lamacenta, e pensar em algum palmar encantado, coberto de viçosa verdura, em que pudésseis, em qualquer estação do ano, à borda de uma nascente de água, junto de uma palmeira, à sombra de copadas árvores, adormecer pouco a pouco entregues a uma sensação aprasível? Pois bem! O paraíso com que sonhais existe. Esse Éden, que desejais, aguarda-vos. O regalo, que deve provocar-vos a sonolenta sesta, cai em cascata e foge através do campo. A palmeira, que deve abrigar-vos o sono, à brisa do mar abandona suas compridas folhas, semelhantes ao penacho de um gigante.