A partir de um roteiro de cinema perdido, Aldous Huxley nos apresenta uma sociedade distópica pós Terceira Guerra Mundial. Onde os macacos comandam os cientistas e o homem tenta sofrer as consequências de uma guerra nuclear, os pesquisadores da Nova Zelândia buscam explicações para um mundo após a destruição em massa. Neste foi o último romance publicado por Huxley, o autor de retomada de apocalíptico e ironização de uma desgraça do homem. Reedição com tradução inédita.
Título Original: Ape and Essence
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Ano de Edição: 1949
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Avaliação interna (1 a 5): 3
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Bob Briggs é um roteirista de Hollywood às voltas com problemas amorosos. Ao expor a vida conturbada ao amigo e confessor, em passeio pelos estúdios, ambos quase são atropelados por um caminhão que carrega roteiros recusados pela indústria cinematográfica, a caminho da incineração. Depois de uma curva brusca, meia dúzia de roteiros é atirada para fora do veículo, espalhando-se pela rua. Por curiosidade, a dupla começa a ler os textos. E um em particular desperta a atenção dos dois: chama-se ""O macaco e a essência"", escrito por um certo William Tallis. Instigados pela temática, saem à procura do autor da obra. A busca é infrutífera e o que se segue é a apresentação do roteiro na íntegra: um filme que conta a história do mundo pós Terceira Guerra Mundial, destruído por bombas radioativas, e da expedição de redescobrimento dos Estados Unidos no século XXII, dominado por babuínos.
Na obra—crítica mordaz aos rumos da ciência e da civilização do século XX—nada escapa à metralhadora giratória de Huxley. Para ele, não há ideologia que não rotule e aprisione o homem, enquanto a ganância parece se apropriar do avanço científico. Publicado originalmente dezesseis anos após ""Admirável mundo novo"", ""O macaco e a essência"" reafirma a genialidade e o tom apocalíptico de Huxley, sempre implacável com a força destrutiva que o ser humano é capaz de liberar.